Plano de ação 02

Mais pesquisa, menos veneno 

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Aplicar métodos científicos para identificar usos de elementos da natureza

Temas formativos relacionados: Técnicas de Restauração; Comunidades; Segurança Alimentar 

Ação inspiradora 

O Colégio Vitorino, de Crato, no Ceará, inovou na 1ª edição da Restaura Natureza ao realizar uma ação restauradora que é uma pesquisa científica. Eles investigaram a viabilidade do uso do extrato aquoso da Azadirachta como inibidor do crescimento das larvas do Aedes aegypti. A pesquisa apresentou resultados positivos e colaborou para a diminuição do uso de defensivos químicos que alteram negativamente a natureza.  

Ações, como as elaboradas acima, ampliam o repertório da comunidade, em relação ao uso de plantas encontradas facilmente e que podem trazer inúmeros benefícios sociais e ambientais, têm baixo custo e promovem maior sensibilização diante dos desafios de restauração da natureza. Além de auxiliar no combate a doenças, como foi o caso, também são ótimas alternativas para cultivar alimentos de forma mais responsável, evitando a utilização de substâncias químicas danosas ao ambiente como um todo.  

Desafio: 

  1. Estudar a área de cultivo de alimentos para elaborar ações que visem a diminuição do uso de pesticidas químicos; 
  1. Construir uma parceria entre escola e pequeno produtor de alimentos; 

Atividade sugerida: 

Construir em parceria com a escola e pequeno produtor uma intervenção direta com o objetivo de diminuir o uso de pesticidas químicos 

Etapas:  

  1. Elaborar um material explicativo sobre as diferenças entre inseticidas naturais e químicos com ênfase nos benefícios e prejuízos ambientais e sociais.  
  1. Escrever uma carta convite sobre as intenções do projeto para ser entregue aos pequenos produtores; 
  1. Organizar uma apresentação para a coordenação e direção da escola, assim como outros membros da comunidade escolar sobre a intenção do projeto; 
  1. Realizar um levantamento dos pequenos produtores de alimentos localizado em regiões próximas da escola; 
  1. Visitar os pequenos produtores, uma cooperativa ou locais de venda e apresentar o projeto através do material explicativo e a carta convite; A horta da escola ou uma pessoa da vizinhança que tenha uma pequena horta pode ser a primeira a testar. 
  1. Após o aceite dos envolvidos, iniciar o planejamento para organizar as etapas do projeto que serão:  

I. estudo da área de cultivo; 

          II. intervenções na produção; 

III. acompanhamento na área de intervenção; 

IV. colheita e venda dos alimentos; 

V. conclusões do projeto; 

  1. Para a realização da etapa I, é importante compreender o sistema de plantação de modo integral, identificar as relações entre insetos agressores, os seus inimigos naturais e as características ambientais do local em que a plantação está sendo desenvolvida.  
  1. Com as informações coletadas, é importante conhecer quais são os meios para inserir intervenções que auxiliem o desenvolvimento da plantação, mas sem ser agressivas ao ambiente. Estudos como os indicados pelo Manejo Integrado de Pragas e Doenças, produção de biopesticidas e agroecologia podem contribuir para a escolha de caminhos que fomentem a restauração da natureza.  
  1. Com a compreensão de quais táticas serão utilizadas, iniciar a intervenção no local e acompanhar de perto e cotidianamente a plantação. Nesse momento, testes poderão ser realizados para comparar cultivos que utilizam pesticidas e cultivos que utilizam técnicas restauradoras. Os testes serão importantes para avaliar os resultados e demonstrar os benefícios das mudanças nos manejos do solo, por exemplo.  
  1. Construir uma parceria efetiva com o agricultor e, em diálogo, promover ajustes, mudanças e novas intervenções para o desenvolvimento dos alimentos; 
  1. Levantar os custos de produção, margem de lucro e outros fatores capitais para, em conjunto com a escola e o agricultor, dimensionar os valores de compra dos alimentos que serão vendidos, inclusive para interessados da comunidade escolar; 
  1.  Após a colheita e entrega dos alimentos, propor uma análise do projeto em conjunto com todos os envolvidos para se pensar em forma de divulgação do projeto, rever etapas, indicar ajustes e melhorias para novas intervenções e ampliar o número de participantes do projeto.  

Para realizar o desafio é importante entender e aprender sobre 

  1. Manejo integrado de pragas e doenças 
  1. Diferenças e semelhanças entre inseticidas naturais e químicos 
  1. Controle biológico  
  1. Biopesticidas 
  1. Agroecologia 

Divulgue 

Para além de registrar a sua ação na Olimpíada Brasileira de Restauração de Ecossistemas, um projeto como este deve ser compartilhado com a comunidade interna e externa à escola. Você pode fazer um vídeo, um cartaz, uma rede social ou um artigo científico – ou várias alternativas. Quanto mais pessoas souberem mais chances de continuar e ampliar. 

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