O modo de vida contemporâneo, com uma exploração predatória dos recursos naturais, intensifica as instabilidades da natureza. Enormes devastações, como a retirada das florestas, não ficam sem consequências. Perder grandes responsáveis por absorver o dióxido de carbono da atmosfera, por manter de infindáveis reservatórios de água subterrâneas protegidos e servir de base primordial para estruturar os ecossistemas, faz com que tenhamos problemas ambientais urgentes. Assistimos ao aumento de regiões quentes no planeta, derretimento das geleiras, crescimento do volume dos oceanos, alteração nos ciclos naturais de plantas e outros seres vivos. Esses são alguns exemplos, mas existem muitos mais.
Todas essas questões são pautas coletivas da humanidade. Portanto, é de grande relevância entender o tema. Os problemas são evidentes e estão em toda a parte: nos noticiários, em discussões cotidianas, agendas ambientais e reuniões de líderes internacionais. Porém, será que sabemos qual a responsabilidade de cada um? Será que o comprometimento das grandes indústrias em torno do tema deverá ser o mesmo do pequeno agricultor? São perguntas que precisam ser consideradas para agir nas mudanças climáticas.
A grande mídia, muitas vezes, transfere responsabilidades para o pequeno consumidor, ou as joga exclusivamente para os governantes. A agropecuária, mineração, indústria de bebidas, alimentos, e têxtil, por exemplo, parecem ter seus deveres amenizados, em nome do desenvolvimento. O modo de vida atual não é questionado, e quando é, a discussão não engrena para um viés de transformação do modo com o qual nos relacionamos com a natureza. Não conseguimos frear a era do capital. Sempre aumentamos o grau de exploração.
É imprescindível que as relações entre a nossa lógica de vida sejam melhor costuradas com as problemáticas ambientais. Pensar em mudanças climáticas de forma profunda supõe relacioná-las ao consumismo, à obsolescência dos produtos, aos interesses das corporações, à lógica do lucro concentrado em pequenos grupos, ao modo de vida hegemônico, à desvalorização dos conhecimentos tradicionais, ao desrespeito ao tempo natural.
Para compreender e propor ações relevantes em torno do tema é necessário um olhar do macro ao micro, do micro ao macro. Ir e vir inúmeras vezes. Repensar pequenas ações que serão multiplicadas e engrandecidas.
Todos os grupos que enviarem um relato de suas ações concorrerão nas duas categorias:
Os projetos serão analisados por uma comissão julgadora formada por especialistas do WWF-Brasil e parceiros. Os critérios podem ser consultados no Regulamento da RESTAURA NATUREZA. Serão premiadas os 10 grupos que tiverem mais pontos somando-se os pontos da Primeira Fase com os da Comissão Julgadora.
Todas as ações enviadas poderão ser votadas através do site da RESTAURA NATUREZA. Serão premiados como vencedores em 1º ao 5º lugar os grupos que tiverem mais pontos. Cada voto valerá 1 ponto somado aos pontos acumulados pelo grupo na primeira fase.
Entre os prêmios para os grupos vencedores da Restaura Natureza há:
Uma viagem de campo com tudo pago para conhecer uma unidade de restauração;
Kits de produtos do WWF-Brasil;
Participação do Ebook de vencedores da 1º Restaura Natureza com um capítulo sobre a ação que executaram.
Forma de obter pontos | PONTOS |
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Cadastro na Plataforma | 1 ponto |
Convidar um amigo | 2 pontos por amigo que se cadastrar |
9 quizzes | 10 pontos cada quiz, até 90 pontos |
Mulheres e estudantes que se declararem negros ou indígenas | Acréscimo de 10% na nota da primeira fase (individual) |
Para a SEGUNDA FASE os estudantes serão convidados a formar um grupo de até 5 pessoas. A pontuação individual acumulada na PRIMEIRA FASE de cada um dos membros do grupo será somada compondo a pontuação final do grupo na PRIMEIRA FASE. Esta pontuação será contabilizada com os pontos adquiridos na SEGUNDA FASE para a classificação final .
Categoria Comissão Julgadora
Critérios de avaliação | Quantidade máxima de pontos |
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Engajamento | 150 pontos |
Comunicação | 150 pontos |
Técnicas Restauradora | 150 pontos |
Diversidade de Espécies Nativas | 150 pontos |
Área Restaurada | 300 pontos |
TOTAL | 1000 pontos |
A Comissão Julgadora atribuirá a cada registro de ação de restauração até 1.000 pontos, aplicando-se os seguintes critérios:
Engajamento (0 a 150 pontos)
Serão considerados público total engajado na campanha e ação restauradora, profundidade do envolvimento e pertinência das pessoas envolvidas, tais como demais estudantes e professores da escola, poder público, produtores rurais, organizações sociais, vizinhos, etc.
Comunicação (0 a 150 pontos)
Análise da clareza, qualidade e formatos diversos dos registros da ação restauradora enviados à Restaura Natureza. Serão aceitos textos, fotos e vídeos. Também serão considerados neste critério eventuais esforços e sucessos nas estratégias de comunicação da ação como um todo, incluindo publicações dentro e fora da comunidade escolar.
Técnica restauradora (0 a 150 pontos)
Uso ou disseminação de boas práticas de restauração, conjugação de diferentes práticas que restauram a natureza e as relações com a natureza e inovação nas ações para restaurar.
Diversidade de espécies nativas (0 a 150 pontos)
Envolvimento da maior diversidade de espécies utilizadas na restauração (sementes e mudas de acordo com as características locais) e também espécies de fauna beneficiadas na ação restauradora.
Área restaurada (0 a 300 pontos)
Espaço total envolvido na ação, seja em área total ou número de propriedades incluídas. Será considerada principalmente a área diretamente plantada, semeada ou beneficiada por uma ação iniciada.
Categoria técnica (até 500 pontos da primeira fase + até 1000 pontos da segunda fase)
Grupos formados por estudantes de escola pública terão um acréscimo de 10% na nota final desta categoria.
Categoria popular (até 500 pontos da primeira fase e infinitos da segunda fase em que cada voto vale 1 ponto).
Grupos formados por estudantes de escola pública terão um acréscimo de 10% na nota final desta categoria.
Cinthia Rodrigues, jornalista, cocriadora da Quero na Escola, especialista em engajamento com a comunidade escolar.
Giuliana do Vale Milani, gestora ambiental, especialista em Educação Ambiental e Transição para Sociedades Sustentáveis.
Camila Martins da Silva Bandeira, professora, bióloga, mestre em Ensino de Ciência com pesquisa na área de História das Ciências, Educação Ambiental e Trabalho de Campo.
Társio Magalhães Tognon, professor, geógrafo, mestre em Ciência Ambiental com pesquisa em Cartografia Participativa e Aprendizagem Social realizada em comunidades quilombolas.
Gabriela Yamaguchi, jornalista, especialista em Educação e Engajamento para Estilos Sustentáveis de Vida, foi coordenadora do primeiro desafio educacional de geografia e história do Brasil.