É preciso entender o que é a natureza, porque dependemos dela e as consequências de rompermos o frágil equilíbrio da vida. Ao longo das atividades que a Restaura Natureza propõem, questione-se ou questione sua equipe o quanto se sentem parte da natureza, o quanto entendem das relações que sustentam a vida em suas variadas formas.
A ciência compreende que a vida se estrutura de forma dinâmica por meio da inter-relação de múltiplos fatores ambientais incluindo nós, seres humanos. Tantas conexões, processos e seus componentes devem ser o foco do olhar investigativo ao longo das diferentes ações propostas.
Quando a humanidade acendeu o alerta para os danos causados pela ação humana começou-se a pensar em reservas de vida selvagem, unidades de conservação, espaços onde a presença humana não teria vez. Estudos, contudo, revelaram que diferentes formações tidas como naturais receberam contribuições da ação humana, provando nossa interligação com os processos naturais. Ao olhar para povos indígenas em todos os continentes e populações rurais, percebemos que o modo intensivo de exploração é o grande vilão. Entretanto, outras formas de viver na natureza evidenciam que é possível integrar nossa presença nos ambientes naturais e desenvolver novas estratégias de conservação.
Conservar não significa congelar um ambiente segundo uma determinada ideia que temos dele. Conservar deve ser preservar as relações, os fluxos e as trocas que os seres realizam entre si nos ecossistemas que restam e promover a recuperação dos que foram impactados.
As atividades e a vida humana dependem desses processos, fluxos e trocas entre seres, ecossistemas e lugares. Mas não devemos conservar apenas por conveniência própria, a natureza em si tem seus direitos.
Todos os grupos que enviarem um relato de suas ações concorrerão nas duas categorias:
Os projetos serão analisados por uma comissão julgadora formada por especialistas do WWF-Brasil e parceiros. Os critérios podem ser consultados no Regulamento da RESTAURA NATUREZA. Serão premiadas os 10 grupos que tiverem mais pontos somando-se os pontos da Primeira Fase com os da Comissão Julgadora.
Todas as ações enviadas poderão ser votadas através do site da RESTAURA NATUREZA. Serão premiados como vencedores em 1º ao 5º lugar os grupos que tiverem mais pontos. Cada voto valerá 1 ponto somado aos pontos acumulados pelo grupo na primeira fase.
Entre os prêmios para os grupos vencedores da Restaura Natureza há:
Uma viagem de campo com tudo pago para conhecer uma unidade de restauração;
Kits de produtos do WWF-Brasil;
Participação do Ebook de vencedores da 1º Restaura Natureza com um capítulo sobre a ação que executaram.
Forma de obter pontos | PONTOS |
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Cadastro na Plataforma | 1 ponto |
Convidar um amigo | 2 pontos por amigo que se cadastrar |
9 quizzes | 10 pontos cada quiz, até 90 pontos |
Mulheres e estudantes que se declararem negros ou indígenas | Acréscimo de 10% na nota da primeira fase (individual) |
Para a SEGUNDA FASE os estudantes serão convidados a formar um grupo de até 5 pessoas. A pontuação individual acumulada na PRIMEIRA FASE de cada um dos membros do grupo será somada compondo a pontuação final do grupo na PRIMEIRA FASE. Esta pontuação será contabilizada com os pontos adquiridos na SEGUNDA FASE para a classificação final .
Categoria Comissão Julgadora
Critérios de avaliação | Quantidade máxima de pontos |
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Engajamento | 150 pontos |
Comunicação | 150 pontos |
Técnicas Restauradora | 150 pontos |
Diversidade de Espécies Nativas | 150 pontos |
Área Restaurada | 300 pontos |
TOTAL | 1000 pontos |
A Comissão Julgadora atribuirá a cada registro de ação de restauração até 1.000 pontos, aplicando-se os seguintes critérios:
Engajamento (0 a 150 pontos)
Serão considerados público total engajado na campanha e ação restauradora, profundidade do envolvimento e pertinência das pessoas envolvidas, tais como demais estudantes e professores da escola, poder público, produtores rurais, organizações sociais, vizinhos, etc.
Comunicação (0 a 150 pontos)
Análise da clareza, qualidade e formatos diversos dos registros da ação restauradora enviados à Restaura Natureza. Serão aceitos textos, fotos e vídeos. Também serão considerados neste critério eventuais esforços e sucessos nas estratégias de comunicação da ação como um todo, incluindo publicações dentro e fora da comunidade escolar.
Técnica restauradora (0 a 150 pontos)
Uso ou disseminação de boas práticas de restauração, conjugação de diferentes práticas que restauram a natureza e as relações com a natureza e inovação nas ações para restaurar.
Diversidade de espécies nativas (0 a 150 pontos)
Envolvimento da maior diversidade de espécies utilizadas na restauração (sementes e mudas de acordo com as características locais) e também espécies de fauna beneficiadas na ação restauradora.
Área restaurada (0 a 300 pontos)
Espaço total envolvido na ação, seja em área total ou número de propriedades incluídas. Será considerada principalmente a área diretamente plantada, semeada ou beneficiada por uma ação iniciada.
Categoria técnica (até 500 pontos da primeira fase + até 1000 pontos da segunda fase)
Grupos formados por estudantes de escola pública terão um acréscimo de 10% na nota final desta categoria.
Categoria popular (até 500 pontos da primeira fase e infinitos da segunda fase em que cada voto vale 1 ponto).
Grupos formados por estudantes de escola pública terão um acréscimo de 10% na nota final desta categoria.
Cinthia Rodrigues, jornalista, cocriadora da Quero na Escola, especialista em engajamento com a comunidade escolar.
Giuliana do Vale Milani, gestora ambiental, especialista em Educação Ambiental e Transição para Sociedades Sustentáveis.
Camila Martins da Silva Bandeira, professora, bióloga, mestre em Ensino de Ciência com pesquisa na área de História das Ciências, Educação Ambiental e Trabalho de Campo.
Társio Magalhães Tognon, professor, geógrafo, mestre em Ciência Ambiental com pesquisa em Cartografia Participativa e Aprendizagem Social realizada em comunidades quilombolas.
Gabriela Yamaguchi, jornalista, especialista em Educação e Engajamento para Estilos Sustentáveis de Vida, foi coordenadora do primeiro desafio educacional de geografia e história do Brasil.