Antes de pôr as mãos na terra, temos que refletir sobre o que é restaurar. Também pensar: O que restaurar? Por quê? Quando uma área precisa de restauração? E por onde começar?
Tanto o conhecimento científico como o conhecimento tradicional dos povos originários e populações locais ajudam a entender as mudanças que os ambientes sofreram ao longo do tempo e o que precisa ser restaurado. Por isso, lembramos que cada caso é um caso. Em cada ação será preciso investigar as dinâmicas ambientais típicas de um ambiente ou ecossistema, entender o que mudou, o que ocasionou tal mudança. É necessário também pensar em diferentes escalas porque há fenômenos locais, regionais ou globais que podem afetar a área estudada.
O conhecimento científico se produz com metodologias, crítica, revisão de procedimentos, avaliação de resultados e planejamento, num processo cíclico virtuoso, onde boas informações são validadas e as incorretas são descartadas. No desenvolvimento da ciência, ao longo de séculos, aprendemos sobre a necessidade de um olhar interdisciplinar.
Por exemplo, não basta analisar uma nascente apenas com base em suas características físicas, como altitude, profundidade do lençol freático, composição do solo etc, e biológicos, como presença de vegetação ou animais na área. Para determinar seu estado de preservação ou risco, é importante considerar como o local é historicamente utilizado, a importância econômica da área, existência de conflitos entre pessoas ou comunidades que dependem da nascente ou têm interesse na área onde ela se encontra. A condição econômica dessas pessoas ou comunidades também pode determinar o futuro da nascente.
É um processo complexo, mas não tanto. As ações de restauração começam pelo engajamento. É necessário ter interesse no tema, curiosidade e vontade de melhorar seu território. Logo as pessoas vão botando a mão na terra com ações como criação de hortas comunitárias, construção de jardins de água, plantio de árvores nas ruas da cidade, produção de mudas para aumentar as áreas verdes, revitalização de praças, parques, margens de estradas, produção de bombas de sementes para terrenos baldios, desimpermeabilização do solo urbano, contenção dos descartes incorreto de resíduos, recuperação de nascentes, plantio de árvores em áreas de preservação permanente.
Queremos instigar a apropriação dos conhecimentos já produzidos, incentivar o engajamento de pessoas e comunidades em ações de restauração, estimular a formação de redes de trabalho e trocas de saberes e experiências, unir esforços de diferentes segmentos da sociedade e fomentar a inovação com uso de tecnologias sustentáveis.
PLANO DE AÇÃO 04 Natureza por toda parte
PLANO DE AÇÃO 06 Se há degradação, restaurar é a solução
PLANO DE AÇÃO 07 Mapa da ação do ser humano na natureza
PLANO DE AÇÃO 10 Floresta no radar
PLANO DE AÇÃO 12 Não quero mais, vou jogar fora. Isso existe mesmo?
PLANO DE AÇÃO 13 Um Herbário para chamar de nosso
PLANO DE AÇÃO 14 Deu match entre agricultores e consumidores!
PLANO DE AÇÃO 16 Viva as Plantas Alimentícias Não Convencionais
PLANO DE AÇÃO 18 Canal da comida total
PLANO DE AÇÃO 19 Bombas de vida!
PLANO DE AÇÃO 20 O verdadeiro jogo da vida
Todos os grupos que enviarem um relato de suas ações concorrerão nas duas categorias:
Os projetos serão analisados por uma comissão julgadora formada por especialistas do WWF-Brasil e parceiros. Os critérios podem ser consultados no Regulamento da RESTAURA NATUREZA. Serão premiadas os 10 grupos que tiverem mais pontos somando-se os pontos da Primeira Fase com os da Comissão Julgadora.
Todas as ações enviadas poderão ser votadas através do site da RESTAURA NATUREZA. Serão premiados como vencedores em 1º ao 5º lugar os grupos que tiverem mais pontos. Cada voto valerá 1 ponto somado aos pontos acumulados pelo grupo na primeira fase.
Entre os prêmios para os grupos vencedores da Restaura Natureza há:
Uma viagem de campo com tudo pago para conhecer uma unidade de restauração;
Kits de produtos do WWF-Brasil;
Participação do Ebook de vencedores da 1º Restaura Natureza com um capítulo sobre a ação que executaram.
Forma de obter pontos | PONTOS |
---|---|
Cadastro na Plataforma | 1 ponto |
Convidar um amigo | 2 pontos por amigo que se cadastrar |
9 quizzes | 10 pontos cada quiz, até 90 pontos |
Mulheres e estudantes que se declararem negros ou indígenas | Acréscimo de 10% na nota da primeira fase (individual) |
Para a SEGUNDA FASE os estudantes serão convidados a formar um grupo de até 5 pessoas. A pontuação individual acumulada na PRIMEIRA FASE de cada um dos membros do grupo será somada compondo a pontuação final do grupo na PRIMEIRA FASE. Esta pontuação será contabilizada com os pontos adquiridos na SEGUNDA FASE para a classificação final .
Categoria Comissão Julgadora
Critérios de avaliação | Quantidade máxima de pontos |
---|---|
Engajamento | 150 pontos |
Comunicação | 150 pontos |
Técnicas Restauradora | 150 pontos |
Diversidade de Espécies Nativas | 150 pontos |
Área Restaurada | 300 pontos |
TOTAL | 1000 pontos |
A Comissão Julgadora atribuirá a cada registro de ação de restauração até 1.000 pontos, aplicando-se os seguintes critérios:
Engajamento (0 a 150 pontos)
Serão considerados público total engajado na campanha e ação restauradora, profundidade do envolvimento e pertinência das pessoas envolvidas, tais como demais estudantes e professores da escola, poder público, produtores rurais, organizações sociais, vizinhos, etc.
Comunicação (0 a 150 pontos)
Análise da clareza, qualidade e formatos diversos dos registros da ação restauradora enviados à Restaura Natureza. Serão aceitos textos, fotos e vídeos. Também serão considerados neste critério eventuais esforços e sucessos nas estratégias de comunicação da ação como um todo, incluindo publicações dentro e fora da comunidade escolar.
Técnica restauradora (0 a 150 pontos)
Uso ou disseminação de boas práticas de restauração, conjugação de diferentes práticas que restauram a natureza e as relações com a natureza e inovação nas ações para restaurar.
Diversidade de espécies nativas (0 a 150 pontos)
Envolvimento da maior diversidade de espécies utilizadas na restauração (sementes e mudas de acordo com as características locais) e também espécies de fauna beneficiadas na ação restauradora.
Área restaurada (0 a 300 pontos)
Espaço total envolvido na ação, seja em área total ou número de propriedades incluídas. Será considerada principalmente a área diretamente plantada, semeada ou beneficiada por uma ação iniciada.
Categoria técnica (até 500 pontos da primeira fase + até 1000 pontos da segunda fase)
Grupos formados por estudantes de escola pública terão um acréscimo de 10% na nota final desta categoria.
Categoria popular (até 500 pontos da primeira fase e infinitos da segunda fase em que cada voto vale 1 ponto).
Grupos formados por estudantes de escola pública terão um acréscimo de 10% na nota final desta categoria.
Cinthia Rodrigues, jornalista, cocriadora da Quero na Escola, especialista em engajamento com a comunidade escolar.
Giuliana do Vale Milani, gestora ambiental, especialista em Educação Ambiental e Transição para Sociedades Sustentáveis.
Camila Martins da Silva Bandeira, professora, bióloga, mestre em Ensino de Ciência com pesquisa na área de História das Ciências, Educação Ambiental e Trabalho de Campo.
Társio Magalhães Tognon, professor, geógrafo, mestre em Ciência Ambiental com pesquisa em Cartografia Participativa e Aprendizagem Social realizada em comunidades quilombolas.
Gabriela Yamaguchi, jornalista, especialista em Educação e Engajamento para Estilos Sustentáveis de Vida, foi coordenadora do primeiro desafio educacional de geografia e história do Brasil.